Embasa incentiva a diversidade religiosa no ambiente de trabalho

  • 25/01/2024
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Embasa incentiva a diversidade religiosa no ambiente de trabalho

No mês do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, a empresa respalda o direito dos funcionários no uso de vestimentas e adereços ligados à crença religiosa e cultural

No caminho de casa para o trabalho, com um terço especialmente preparado para ela, a católica Rosa de Cátia Aragão reza Ave-Maria, Pai Nosso, Credo e Salve Rainha. Com guias no pescoço, peças de uso sagrado para o candomblé, Mônica dos Santos circula entre os corredores da Embasa. Sentada em sua mesa, com a bíblia nas mãos, a evangélica Selma Xavier se prepara para começar a sua jornada antes mesmo de ligar o computador. Com a pele pintada para proteger a alma, Jéssica Paranhos, juremeira e adepta ao xamanismo, adentra o prédio para mais um dia de trabalho.

Quatro mulheres, quatro diferentes crenças e culturas, mas que compartilham algo em comum. Elas trabalham em uma empresa que defende e incentiva a liberdade religiosa no ambiente de trabalho. No mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, ocorrido no último domingo (21), a Embasa deu mais um passo para incentivar, na prática, a defesa do direito básico e fundamental dos seus colaboradores expressarem a sua fé por meio de vestimentas e adereços. Desde o dia 12 de janeiro, os colaboradores também podem, caso desejem, incluir essa informação nos documentos de identificação interna na empresa.

A decisão foi comemorada por Mônica dos Santos, candomblecista e iniciada no culto de Ifá, que atua como agente administrativa da Embasa. “Passamos a maior parte do tempo na empresa e a intolerância religiosa neste ambiente é violenta para nós. Como negar o meu direito de usar um turbante, por exemplo, quando preciso ficar com a cabeça coberta? Cobrir o nosso ori é sagrado pra gente”, reforça ela, que se veste de branco às sextas, utiliza diariamente as guias no pescoço e, quando é necessário, usa o ojá, uma peça que tem a função de proteger a cabeça, considerada sagrada.

Jéssica Paranhos, que já expressa a sua fé e cultura na empresa através do uso de grafismo e de adereços espirituais, também ficou feliz por ter esse reconhecimento e incentivo formalizado. Para a agente administrativa, indígena do povo Payayá, juremeira e adepta ao xamanismo, os grafismos no corpo representam muito mais que uma pintura. “São um escudo, proteção contra os espíritos maus. A aprovação da resolução é uma importante conquista e está em consonância com o direito constitucional de liberdade religiosa e traz maior pertencimento e respeito nos espaços institucionais", afirma.

Respeito - Embora sejam religiões consideradas, histórica e culturalmente, dominantes na formação da sociedade brasileira, a resolução da Embasa trará ainda mais respaldo para que católicos e protestantes continuem professando a sua fé, garantindo, ao mesmo tempo, o mesmo espaço para as demais. No departamento jurídico da empresa, por exemplo, Selma Xavier continuará tendo o seu direito respeitado de “ler a palavra de Deus todos os dias para ajudar a focar no trabalho”. Já Rosa de Cátia, católica apostólica romana, terá a sua crença preservada ao “levar no pulso uma corrente ou cadeia de Nossa Senhora, utilizada por pessoas consagradas a Jesus Cristo pelas mãos de Nossa Senhora”.

Para o presidente da Embasa, Leonardo Góes, essa decisão é fundamental para, além de respeitar, incentivar nossos funcionários a se sentirem à vontade para expressar a sua fé, independentemente de qual seja, sem vergonha ou medo. “Apesar da nossa Constituição garantir esse direito expresso em lei, reafirmamos, na prática, o compromisso da Embasa com a diversidade e com a equidade. Estamos na Bahia, estado reconhecido pela diversidade religiosa, e não há mais espaço para preconceito e qualquer tipo de agressão ou violência relacionada à crença das pessoas”, afirma.

Comitê de Diversidade – Permitir o uso das vestimentas e adereços religiosos, como turbantes, okas, grafismos e cocares indígenas foi uma iniciativa do Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão da Embasa. No ano passado, além da criação da política, o grupo também avançou no reconhecimento da identidade de gênero e do uso do nome social para travestis e transexuais nos sistemas e documentos da empresa, e instituição da obrigatoriedade do uso de intérpretes de libras e da prática da autodescrição em palestras e treinamentos corporativos, ampliando a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual.

Para o diretor de Gestão Corporativa da Embasa, Jazon Junior, essa ação aprovada pela Diretoria Executiva demonstra a busca para construção de uma cultura organizacional que valoriza e respeita a diversidade religiosa e que permita o desempenho das atividades laborais em um ambiente permanente de humanização das relações. “Essa e outras ações que vamos implementar tem como objetivo promover na empresa um clima organizacional que gere nos trabalhadores o sentimento de auto realização, completude e satisfação pessoal", afirma. 


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